quinta-feira, 25 de novembro de 2010

os 10 filmes mais assustadores do mundo e sua história

O Halloween já passou, mas sempre é bom ver filmes de suspense e terror. Eu, super fã dos dois gêneros, fiz uma lista dos filmes mais assustadores que eu já vi na vida.
10 – Jogos Mortais
Um assassino sádico tortura cruelmente suas vítimas. O primeiro ( o primeiro! Os outros, principalmente Jogos Mortais IV, são uma decepção) filme da franquia é brutal demais!!
9 – O Exorcismo de Emily Rose
A história do único exorcismo reconhecido pela Igreja Católica. Dá arrepios só em pensar nisso. E quando a Emily Rose fala o nome dos seis demônios que estão dentro dela? Acho que meu coração parou quando eu vi essa cena.
8 – Abismo do Medo
Mulheres são perseguidas por criaturas aterrorizantes em uma caverna. Claustrofóbico, violento e tenso. O melhor filme gore que eu já vi.
7 – Sinais
Misteriosos círculos aparecem desenhados na mata de uma fazenda. Adoooooooro filmes de ETs e este é o mais assustador de todos. Aquela cena em que o ET passa pelo Brasil é macabra demais! E ainda tem a fofíssima Abigail Breslin.
6 – A Chave Mestra
Enfermeira vai trabalhar na casa de velhinhos e descobre indícios de prática de vodu. Não existe nada mais assustador do que magia negra! Quando vi esse filme, não consegui dormir e passei a noite inteira ouvindo aquelas músicas bizarras de macumba.
5 – Os Pássaros
Todos os pássaros do mundo parecem se unir contra os humanos. É claro que Hitchcoock, o mestre do suspense não poderia faltar na minha lista. Eu poderia ter colocado Psicose, mas, para mim, esse filme é mais assustador porque fala sobre algo inexplicável que, se por acaso acontecesse mesmo, nós não teríamos a menor chance.
4 – Sexto Sentido
Menino de oito anos é assombrado por fantasmas. De novo M. Night Shyamalan, o melhor diretor de suspense da atualidade. Quem não sentiu calafrios ao ouvir o menininho dizer “I see dead people!“? Tenso, assustador e brilhante. Sem falar no final mais do que surpreendente.
3 – O Iluminado
Família vai morar em um hotel isolando e o pai enlouquece. Aquelas menininhas gêmeas são capazes de deixar alguém uma semana sem dormir!
2 – A Profecia
Casal adota o anticristo. O remake desse filme é bonzinho, mas nem se compara ao original. Tem uma atmosfera sombria simplesmente apavorante. Isso sem falar no menininho sinistro.
1 – O Exorcista
Menina é possuída pelo demônio. Clássico dos clássicos. Linda Blair rodando a cabeça e descendo as escadas feito uma aranha é de matar qualquer um do coração. Ui.

JOGOS MORTAIS:
Muita gente me pergunta se “Jogos Mortais” é melhor que “Seven Os Sete Crimes Capitais”. Seja pela trama parecida, seja pelas palavras “Esqueça Seven” impressas em letras garrafais no alto do cartaz, essa comparação torna-se inevitável. “Jogos Mortais” pode não ser melhor que “Seven”, na verdade poucos filmes seriam tão bons, mas não deixa de ser um thriller bom e interessante.
Dois homens acordam em um banheiro sujo, acorrentados aos canos de paredes opostas e sem nenhuma lembrança de como chegaram ali. No meio do banheiro, um corpo com um tiro na cabeça, uma arma em uma mão e um gravador na outra. Totalmente desorientados, os dois procuram por pistas do que aconteceu e encontram duas fitas de gravador, cada uma no bolso de um deles. Nas fitas uma voz lhes diz que estão em um jogo, no qual o objetivo de um deles é matar o outro antes das seis horas da tarde, ou sua mulher e filha serão assassinadas. Não demora muito para eles descobrirem que foram vítimas do “assassino do quebra-cabeça”. Assim começa “Jogos Mortais”, um thriller que consegue prender o espectador na cadeira com uma intrincada série de mortes planejadas por um serial killer que sempre coloca suas vítimas em situações onde eles acabam se matando. A história se desenvolve através de diversos personagens, todos envolvidos no passado dos dois acorrentados e que são como partes do quebra-cabeça que explica porque o assassino escolheu aqueles dois homens. Um último detalhe na armadilha em que estão colocados os dois protagonistas: a eles são dados dois serrotes, insuficientes para cortar o duro aço das correntes ao redor de seus tornozelos, mas perfeitos para cortarem seus pés fora.
”Jogos Mortais” pode ser desagradável para algumas pessoas. Os jogos do assassino são bastante sangrentos e sádicos, e vão incomodar os de estômago mais fraco. Mas a trama é bem fechada, com reviravoltas bem explicadas e apenas suficientes para manter o suspense. Todos os elementos do filme estão lá por algum motivo, uma exceção entre os mais recentes thrillers, nos quais a maioria dos elementos são colocados só para chocar quem assiste. Mas este ainda comete alguns erros comuns ao gênero ultimamente, como tomadas estilo “videoclipe”, com seqüências aceleradas e tremidas, totalmente dissonantes ao ritmo lento do resto do filme. Erros perdoáveis, pois se trata do filme de estréia do diretor australiano James Wan. Sem um elenco de grandes estrelas, a única cara conhecida do público é Danny Glover, no papel bem coadjuvante do policial que persegue o assassino. Este, a propósito, se mantém oculto por quase todo o filme, aumentado o suspense da história.
 
O EXORCISMO DE EMILY ROSE:
Estávamos em 1968, quando Anneliese, uma jovem católica, teve um estranho ataque. Paralisada e com tremores, ela foi incapaz de pedir ajuda às suas três irmãs e aos pais (Josef e Anna). Um neurologista da clínica psiquiátrica de Würzburg diagnosticou-lhe Epilepsia do tipo “Grande Mal”, um conceito ultrapassado no meio da comunidade científica, que em vez de separar a doença em “Grande Mal” e “Pequeno Mal” divide-a em crises parciais e crises generalizadas.
Após uma longa estadia no Hospital, ela começa a ter visões demoníacas enquanto reza. No final de 1970, Anneliese regressa à escola e começa a crer que está possuída. As coisas pioram quando ela começa a ouvir vozes que lhe dizem que vai arder no inferno. As depressões aumentam e Anneliese sente-se cada vez mais afastada da medicina, incapaz de lhe resolver a sua questão.
Em 1973, os seus pais pedem à Igreja por um Exorcismo. A Igreja Católica rejeita e recomenda que ela continue a tomar a medicação que os médicos lhe prescreveram.
Na sua doutrina, a Igreja define o exorcismo como sendo um rito sagrado destinado a expulsar o demônio dos possessos ou a subtrair pessoas e coisas (habitações, por ex.) às influências demoníacas. A cerimônia seguida é antiquíssima, contendo alguns formulários que têm origem antes do séc.X. Os exorcismos, que ainda se efectuam nos dias de hoje, seguem as normas estabelecidas pelo título XII do Ritual Romano, o qual, por sua vez, reproduz o ritual de Paulo V (1614), posteriormente revisto pelo papa Bento XIV (1744).
Após o concílio Vaticano II (anos 60 do séc XX), a Igreja começou a revelar grande reserva relativamente à possessão demoníaca, à medida que a ciência moderna veio demonstrar que a maioria das pessoas, ditas possessas, mais não eram do que pacientes do foro neurológico e/ou psiquiátrico.
É assim necessário um extenso conjunto de sintomas para que a Igreja Católica considere uma pessoa possuída (Infestatio).
Mas, os pais de Anneliese não desistiram e através de Ernst Alt, o pastor encarregue do caso, voltaram a formular o pedido. Novamente rejeitados, eles decidem que Anneliese deveria assumir uma vida ainda mais religiosa de forma a tentar expulsar o mal.
Mas os ataques continuam e na casa dos seus pais, Anneliese insulta, bate e morde os membros da família. Ela não se alimenta normalmente e dorme no chão. Começa a comer moscas, aranhas e carvão. Chega a beber urina.
Paralelamente ela destrói crucifixos, imagens de Jesus e rosários. A auto-mutilação torna-se prática corrente.
Em Setembro de 1975, a Igreja Católica finalmente acede ao pedido familiar e designa o padre Arnold Renz e o pastor Ernst Alt para efectuarem o exorcismo. Lucifer, Judas Iscariot, Nero, Cain, Hitler e Fleischmann são algumas das figuras que através dela se manifestaram. De Setembro de 1975 a Julho de 1976 foram mantidas naquela casa 2 sessões de exorcismo semanal. Por vezes, os seus ataques eram tão fortes que eram necessários 3 homens para a agarrar. Entre essas sessões, houve períodos em que Anneliese acalmou e pôde fazer a sua vida normal, ir à escola, etc.
Mas os ataques não param e durante 6 meses ela recusa-se a alimentar-se. O exorcismo prossegue, estando registados em aúdio mais de 40 cassetes com os eventos.
A 30 de Junho de 1976, os exorcismos param. Ela agora sofre de pneumonia. Ela morre no dia 1 de Julho, usando como últimas palavras Beg for Absolution (implora pela absolvição). As autoridades de Aschaffenburg são informadas e começam as investigações.
Um pouco antes dos eventos ocorrerem, tinha estreado nos cinemas “The Exorcist”, o clássico de William Friedkin. O mundo viveu alguns períodos de histeria e por todo o lado os psiquiatras foram confrontados com doentes que afirmavam estar possuídos.
Para as autoridades, este caso era descendente dessa paranóia. Apesar de bizarro, o caso foi levado a tribunal passado dois anos.
”Klingenberg Case”, como era conhecido, tinha como réus os dois padres e a mãe de Anneliese Michel. A acusação era simples: homicídio por negligência. A causa de morte de Anneliese foi fome e as autoridades afirmaram que caso a jovem fosse alimentada à força, a sua morte teria sido evitada.
ABISMO DO MEDO:Numa viagem dedicada ao esporte e aventura, seis garotas ficam presas em uma caverna depois que uma rocha se desprendeu e bloqueou a saída. Enquanto buscam uma forma de escapar, se vêem perseguidas por estranhas presenças que habitam a escuridão; a tensão causada pela situação que enfrentam faz renascer antigas diferenças entre as mulheres, deixando-as uma contra as outras.
SINAIS:
No condado de Bucks, Pensilvânia, vive Graham Hess (Mel Gibson), um viúvo com seus dois filhos, Morgan (Rory Culkin) e Bo (Abigail Breslin). Também mora com eles Merrill (Joaquin Phoenix), o irmão de Graham. Ele reside em uma fazenda e era o pastor da região, mas recusa ser chamado como padre, pois questionou sua fé desde quando sua mulher, Colleen (Patricia Kalember), foi morta ao ser atropelada por Ray Reddy (M. Night Shyamalan), um morador da região que dormiu enquanto dirigia. Repentinamente os Hess ficam bastante intrigados com o surgimento de misteriosos e gigantescos círculos, que surgem inesperadamente em sua plantação sem que haja o menor vestígio de quem os fez ou por qual motivo teriam sido feitos.
 
A CHAVE MESTRA:
“A chave” era á partida apenas mais um filme de suspense, que revelou ser muito mais do que isso. Os ingredientes deste filme não são novidade, mas a maneira como eles são tratados e envolvidos neste filme, para mim, leva a que o filme tenha que ser visto. O filme conta a história de uma enfermeira, Caroline, que sofre com o facto de não ter acompanhado o seu pai nos seus últimos momentos de vida, e devido a isso vive inconformada á medida que vai tentando ajudar os seus pacientes no hospital onde trabalha. Perante um estado emocional muito debilitado, ao ver que não pode ajudar todos quanto queria, Caroline deixa o seu trabalho no hospital e vai trabalhar como enfermeira particular numa mansão em Nova Orleans. O seu trabalho consiste em cuidar de Ben, o esposo de Violet Deveraux, um invalido que não fala e que vive na sua cadeira de rodas. O casal Deveraux é um casal de idosos, como muitos outros, mas com a particularidade de viverem numa casa que á medida que o tempo vai passando se revela muito misteriosa e detentora de grandes segredos. Ao inicio Violet, não vê com bons olhos a presença da jovem enfermeira na casa, mas o advogado da família Luke Marshall, convence-a a aceitar a jovem, de forma a que Violet começa então a ajudar Caroline a familiarizar-se com a casa, confiando-lhe uma chave mestra que permite abrir todas as portas da casa. Com esta chave e depois de começar a ambientar-se à sua nova casa, Caroline descobre uma passagem secreta localizada no sótão, e juntamente com esta descoberta, depara-se também com instrumentos e artigos que indicam a existência de rituais que ela não percebe bem quais serão. Perante tal descoberta, e confrontando Violet, Caroline descobre que aquela mansão já foi alvo de uma lenda envolvendo um ritual hudu com antigos empregados negros da casa, chamados de Papa Justify e Mama Cecile. Não disto tem importância, uma vez que todas estas crenças e lendas só afectam realmente quem acredita nelas, por isso Caroline investiga toda esta história com a sua mente bastante aberta á medida que vai conhecendo esses rituais, crenças e lendas. O problema surge, quando Caroline se começa a perceber que se calhar toda esta história afinal não está tão enterrada como se imaginava e que está presente nas mentes de muitos daquela localidade e muito pior do que isso está muito mais presente naquela casa. Para um filme que começa um pouco calmo demais, começamos de repente a ver-nos envolvidos nesta história que nos começa a cativar cada vez mais á medida que o filme avança. E de repente deparamo-nos com um fim, a meu ver, fantástico, fora do normal, e que me deixou de boca aberta em frente ao meu televisor, e que até fez esquecer pequenos erros, ou lacunas que o filme possa ter. Em relação aos actores, a Kate Hudson faz de Caroline Ellis, a Gena Rowlands de Violet Devereaux, John Hurt de Ben Devereaux. Aconselho verdadeiramente a ver este filme, que na certa vai surpreender pelo lado positivo.
 
OS PÁSSAROS:
Austrália, 1920. Mary Carson (Barbara Stanwyck) é a proprietária de Drogueda, um grande rancho. O que quase ninguém sabe é que ela tem uma fortuna de 13 milhões de libras, o que a torna uma das mulheres mais ricas do país. Ela não tem filhos e por esta razão muitos crêem que seu herdeiro seja o irmão, Paddy Cleary (Richard Kiley), que chegou para trabalhar em Drogueda como capataz, após tentar sem sucesso a sorte na Nova Zelândia. Paddy chega com sua mulher Helen e os filhos Frank (John Friedrich), Bob (Brett Cullen), Stuart (Dwier Brown) e Meggie (Rachel Ward). Há na região o padre Ralph de Bricassart (Richard Chamberlain), que foi "exilado" após ter ofendido um bispo. Isto acabou sendo para ele um golpe de sorte pois se tornou protegido de Mary, que sente por ele uma forte  atração, apesar da diferença de idade e de ele ser um padre. Ralph recebe na estação ferroviária Paddy e sua família e se encanta pela pequena Meggie. Ele insiste com Mary para custear os estudos da menina na escola de um vilarejo. A distância do rancho faz com que Meggie precise ficar hospedada em um alojamento de estudantes, porém a menina não se adapta à rigidez de um colégio de freiras. Para compensar esta mudança de convivência, Ralph deixa Meggie se hospedar em sua casa. Esta situação agrada a ambos, pois ela sente por Ralph um imenso  carinho. Ao saber que Meggie tem um quarto na casa de Ralph, Mary decide pôr fim aos estudos dela, tirando-a do colégio. Ralph fica muito irritado com Mary. Também vai se evidenciando a enorme atração física que ela sente por Ralph, porém sem reciprocidade. De volta ao rancho Meggie retorna à sua rotina, mas antes mesmo de completar a maturidade presencia o desespero e a morte e numa ocasião quando pensava que estava morrendo também. Ralph lhe conta a história de um pássaro que, empalado por uma farpa de madeira, cantava sua mais linda canção e, neste momento que precede a morte, todos paravam para ouvir essa melodia celestial. Mary vive seus últimos anos de vida com ostentação e poder. Rancorosa pelo amor não correspondido, ela ameaça Ralph, afirmando que um dia ele terá que escolher entre o amor por Meggie e suas ambições eclesiásticas. Ralph, atônito, não vê com qual poder Mary pode conduzir com tanta certeza a vida dele. Quando Mary morre e é revelado o testamento, ele entende como Mary, apesar de morta, ainda pode colocá-lo à prova. 
 
SEXTO SENTIDO:
Em Filadélfia, o Psicólogo infantil Malcolm Crowe (Willis) é atacado por um antigo paciente, Vincent Gray (Wahlberg) que o culpa pelos seus problemas. Meses depois, Crowe que se sente inseguro sobre as suas capacidades científicas, começa a tratar do caso problemático de Cole (Osment), um miúdo de 9 anos, que vive sozinho com a mãe (Collette). Cole possui um dom especial que o atormenta: vê espíritos de pessoas mortas, que lhe pedem ajuda. Entretanto Crowe assiste ao desmoronar da sua relação com a esposa, Anna (Williams). «O Sexto Sentido» foi um dos êxitos-surpresa de 1999, sendo o segundo filme mais bem sucedido em termos de receitas de bilheteiras nos EUA: uns espantosos 276 860 milhões de dólares, abaixo apenas do inconsequente «Episódio Um» da Guerra das Estrelas com mais de 430 milhões. Para um filme "independente", este resultado deriva principalmente do "word-of-mouth", i.e., do espalhar da palavra por parte de espectadores satisfeitos, e também, admite-se, porque é um filme que tende a sugerir um segundo visionamento (um tópico onde não se vai entrar neste texto). Ao contrário do que pode ser por vezes sugerido, o filme não se sustém em efeitos narrativos, do mesmo modo que os visuais praticamente são inexistentes. A história é contada sem pressas, e os personagens são desenvolvidos com o cuidado necessário. A relação entre os personagens de Willis e de Osment é o que verdadeiramente dá força ao fluxo narrativo. Sem o bom trabalho por parte do veterano e do miúdo e sem a dinâmica estabelecida entre os dois, a história dificilmente poderia alcançar a audiência. Sobriedade é a palavra-chave: «O Sexto Sentido» não é um "thriller de acção" nem um filme de horror "moderno". É apenas bom cinema. Contido mas dramaticamente equilibrado. Além de um bom texto, «The Sixth Sense» possui um excelente elenco. Para além da dupla masculina, nos papéis de suporte registam-se eficazes participações de Toni Colette, vista há não muito tempo no decepcionante «Velvet Goldmine» e Olivia Williams, vista há não muito tempo no surpreendente «Rushmore» (ambos de 1998). Esta é apenas a terceira longa metragem de Shyamalan, mas o realizador conta com mais de quatro dezenas de curtas no currículo. Sem dúvida que as portas de Hollywood se lhe vão agora abrir de par em par (leia-se "orçamentos altos"). Fica para ver se isso é bom ou mau, do ponto de vista do espectador de (bom) cinema
 
O ILUMINADO:
Baseado na obra de Stephen King e dirigido por Stanley Kubrick, O Iluminado é considerado um dos melhores filmes de terror de todos os tempos. Kubrik optou pelo terror psicológico. Trata-se de uma obra aberta à interpretação: os estranhos eventos que vão ocorrendo podem ser atribuídos tanto à presença de forças sobrenaturais quanto à loucura que vai se apossando do personagem.
O filme conta a história de Jack Torrance (Jack Nicholson, em uma de suas melhores atuações), um pai de família e ex-alcóolatra que arranja um emprego como zelador em pleno inverno no Overlook Hotel, um antigo e luxuoso hotel 5 estrelas, localizado nas montanhas do Colorado. Por causa do frio e do difícil acesso, o hotel fica fechado durante o inverno, tornando-se um ambiente gélido e sombrio no meio do nada. É um lugar perfeito para se enlouquecer, mas Jack Torrance está animado com seu novo emprego e até planeja escrever um livro durante os meses em que ele e sua família irão passar lá.
Porém, o contínuo isolamento começa a lhe causar sérios problemas mentais tornando-o cada vez mais agressivo e perigoso, ao mesmo tempo seu filho Danny, um garoto "iluminado" passa a ter visões de acontecimentos ocorridos no passado, que também foram causados pelo isolamento excessivo (são visões de crianças da década de 20 que teriam sido mortas pelo antigo zelador do hotel, o pai delas), involuntariamente,  começa a transferir esse poder para seus pais, que também passam a ter visões de pessoas daquela época. Existe alguma relação entre as visões, os crimes do passado e a pessoa que os cometeu e, quando as "peças" insistem em não se encaixar, o poder se transforma em loucura e ameaça tudo e todos a sua volta.
Logo, o obscuro passado do hotel irá conduzir Jack Torance ao total desequilíbrio mental, tornando-se o inimigo número um de sua família.
 O grande mérito do filme é causar medo sem a necessidade de excesso de cenas sangrentas, mas sim mexendo com o sobrenatural, com um clima pesado. Como não se apavorar na seqüência em que Wendy, ao ler o material datilografado pelo marido, perceber naquelas páginas, onde se lê `Muito trabalho e nenhuma diversão fazem de Jack um bobão` escrito centenas de vezes, a loucura que toma conta de Jack? Sem contar as seqüências da mulher na banheira e da perseguição no labirinto. vale conferir este belo suspense pela ótima direção de Kubrick, que mesmo sem uma grande história para contar, consegue envolver o espectador e arrancar reações do espectador, para quem gosta de sentir medo, aflições, ficar sufocado, angustiado, esse filme é uma boa, alias ótima pedida.

A PROFECIA:
 Depois que seu filho nasce morto, um diplomata americano, Robert Thorn, aceita a oferta do padre do hospital e adota uma outra criança nascida naquela noite porém não revela esse fato para sua mulher, Kathryn, para não a abalar. Kathryn nunca saberá a verdade, e o filho deles, que chamarão de Damien, será criado como se fosse de seu próprio sangue. Entretanto, alguns acontecimentos, todos aparentemente relacionados ao menino, que agora têm cinco anos, são profundamente perturbadores. Os incidentes se multiplicam, apontando para algo errado com Damien. Entra em cena a Sra. Baylock, a nova babá de Damien, que parece ter uma devoção anterior a essa criança. E aí a tragédia atinge o lar dos Thorn. Mas só mais tarde Thorn compreende a verdade: Damien não é uma criança comum, ele é o Anticristo anunciado em velhas profecias. Agora, Thorn deve fazer o sacrifício extremo para impedir que um terror indescritível atinja o mundo.

O EXORCISTA:
O tinhoso está de volta às telas depois de quatro anos de relançamento (2000) do primeiro filme que deu origem a série "O Exorcista" (1973).

Com "O Exorcista - o Início", (1) o diretor Paul Schrader procura perpetuar a fama da mais tenebrosa história de terror do cinema: a da menina Regan de 12 anos cujo corpo foi possuído por um demônio. O primeiro filme ficou tão famoso que figura entre os 54 filmes mais famosos do mundo e tem até fã clube.

Cabe aqui uma pergunta: qual o segredo que está por trás de tanto sucesso quando se trata de filmes de terror com a invocação de demônios? Porque ao invés de rejeitar tais filmes que por vezes exaltam as forças das trevas as pessoas os admiram?

Segundo alguns especialistas a predileção por este tipo de entretenimento encontra sua razão nas necessidades psicológicas e emocionais latentes na mente humana de querer extravasar suas neuroses. Outros, porém, como os neurologistas, procuram explicações do ponto de vista biológico. Afirmam que o fenômeno está associado a um conjunto de estruturas nervosas que ativa o chamado "sistema de recompensa" responsável pelo prazer após intenso estresse causado pelo pânico. Isso geraria um tipo de bem estar ao final da euforia.

Não obstante, é enganoso levar em conta somente fatores naturais quando se sabe que o protagonista desse contexto é quase sempre o príncipe das potestades do ar, as forças espirituais da maldade. Logo não seria nada inconveniente ver nas palavras dos apóstolos quando dizem que o mundo jaz no maligno e este lhes cegou o entendimento uma explicação possível e necessária para o caso. (I Jo. 5.19;II Co. 4.4)

Mas seja como for, o fato é que desde épocas imemoráveis a presença do demônio sempre mexeu com o imaginário popular.

Isto porque as forças do sobrenatural exercem um fascínio mórbido sobre a curiosidade humana. O medo do que não se pode ver e do misterioso causa um controle quase hipnótico em alguns indivíduos.

O EXORCISMO NOS POVOS PRIMITIVOS

Um demônio pode possuir uma pessoa? Ou seria ignorância acreditar em possessão demoníaca hoje? Contudo a milenária Bíblia nos dá mostras de exemplos claros deste tipo de fenômeno como no caso do rei Davi que exorcizava o possesso rei Saul através de tanger sua harpa (I Sm. 16.23) e mais claramente no Novo Testamento (Mc. 7.24-30; 9.17-29).

Mas Israel não é um caso isolado; as autoridades dentro do campo das ciências humanas tais como antropólogos, sociólogos e historiadores são unânimes em atestar casos de exorcismos dentro da cultura de diversos povos primitivos como os Egípicios, babilônicos, assírios e outros que para afastarem a presença dos espíritos maus, recorriam à praticas de encantamentos, rezas, esconjuros e fetiches.

Os adeptos do judaísmo esotérico conhecido por Cabala acreditavam na existência dos dybbykim, ou demônios, de quem o príncipe é Samael, a serpente que seduziu Eva.

Similarmente na tradição islâmica, acreditava-se que os dijinn, ou demônios criados do fogo, eram capazes de possuir pessoas e para isso eram exorcizados em rituais violentos.

O livro apócrifo de Tobias 6:19 ; 8:2,3, conta como um anjo por nome Rafael ensina Tobias a exorcizar o demônio com o fígado de um peixe.

Na idade Média a prática do exorcismo havia se transformado em algo corriqueiro sob o comando da Igreja Católica. Não era raro ver cenas que mais pareciam shows macabros aos gritos de "exconjuro-te em nome de Cristo" por padres, enquanto aos gritos e convulsões o possuído era arremessado violentamente ao chão.

Mas para quem acha que o demônio ficou enclausurado dentro das masmorras dos tempos medievais, está enganado!

O fascínio pelo maligno tem sido resgatado através das telinhas dos cinemas. Os ataques do demo foram ficando cada vez mais impressionantes com a ajuda das modernas técnicas cinematográficas Hollywodianas. Filmes como os macabros "Estigmata", "O bebê de Rosemary", "Profecia", "Fim dos Tempos" e muitos outros figuram entre os sucessos do horror. Contudo, nenhum se igualou ao "O Exorcista".


UM FILME AMALDIÇOADO


O fato é que "O Exorcista" não ficou famoso apenas por arrecadar a melhor bilheteria da história da Warner Bros sendo o único filme de terror indicado ao Oscar de melhor filme. Os incidentes que o acompanharam permitiram que sua fama horripilante subisse ainda mais deixando tênue a linha entre o fictício e a realidade.

Quando o diretor John Boorman negou dirigir o filme por considerar a história cruel demais, ele não estava exagerando. O impacto das cenas nas salas de cinema na época foram tão fortes que muitas pessoas passavam mal e deixavam o cinema antes mesmo do filme acabar. Finalmente os cinemas de Washington proibiram a entrada de menores de 17 anos para assistir ao longa-metragem.

Diz o ditado popular que com o demônio não se brinca. Coincidência ou não, o filme foi interrompido inúmeras vezes devido a vários acidentes misteriosos.

O primeiro grande incidente envolvendo o primeiro filme foi um incêndio no set de gravações num fim de semana quando não havia ninguém por perto. O diretor Friedkin pediu ao padre Berminghan para exorcizar o set mas o padre se negou.

Durante os 21 meses de filmagens morreram 9 pessoas ligadas diretamente ao filme e muitas outras que estavam ligadas indiretamente como parentes dos atores e funcionários da gravadora.

Em uma das cenas em que Ellen Burstyn é arremessada para longe, por sua filha com possessão demoníaca, Burstyn bateu violentamente com o coccix contra a cama se ferindo de verdade.

No segundo filme da série o diretor John Boorman contraiu um raro vírus que obrigou a suspensão das filmagens por 5 semanas.

Em "O Exorcista - O Início" mais uma morte: a do diretor John Frankenheimer, que abandonou o projeto um mês antes de falecer.

O que diríamos sobre tais incidentes: que foi coincidência? Maldição? Fraude para ganhar publicidade? Creio que ainda ninguém pode dar uma resposta satisfatória a todas estas questões, mas de uma coisa temos certeza: as pessoas que não estão debaixo das potentes mãos de Deus e cobertas com o sangue de Jesus são presas fáceis nas mãos dos espíritos das trevas.

Estava errado Tomás de Aquino quando dizia que apenas "a força de vontade e o intelecto humano eram a proteção contra a possessão demoníaca".Não. Somente revestido das armas espirituais poderemos vencer o maligno. (Ef. 6.12)

Para os verdadeiros cristãos a Bíblia deixa a seguinte promessa:
"...aquele que nasceu de Deus, o Maligno não lhe toca." (I Jo. 5.18)

A HISTÓRIA POR TRÁS DA HISTÓRIA

O que muitos não sabem é que a história contada no filme em 1973 é uma adaptação do livro de William Peter Blatty (diretor de "O Exorcista III") publicado dois anos antes, que por sua vez foi baseado numa história real. Blatty quando ainda universitário, leu um artigo publicado no Washington Post em 20 de agosto de 1949, relatando um exorcismo de um garoto de 14 anos ocorrido em Mount Rainier, no estado de Maryland, subúrbio de Washington.

Segundo suas pesquisas o garoto começou a manifestar sinais de possessão quando tentou comunicar com sua falecida tia através da mesa de Ouija.(2)
O garoto a partir daí começou a manifestar uma personalidade nefasta, agindo violentamente e falando palavrões; também segundo relatos ocorreram cortes de sangue em seu corpo onde apareciam as palavras, inferno e ódio. Alguns padres foram chamados para exorcizar o demônio, mas não obtiveram sucesso a não ser depois de um mês. Este é o fundo histórico por trás da ficção no qual podemos ver como as práticas espíritas abrem as portas para os demônios se apossarem das pessoas.

Há milênios antes de Cristo Deus já advertia ao seu povo para não se contaminar com práticas ocultistas como por exemplo a invocação de mortos:
"nem encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos" (Deut. 18.11)

Toda prática espírita mesmo que seja aparentemente inofensiva como um simples "jogo do copo" é perigosa.


A IGREJA CATÓLICA E O EXORCISMO


O Papa João Paulo VI afirmou em 1972: "Nós sabemos que espíritos perturbadores existem e que agem com astúcia traiçoeira."

O exorcismo é sem dúvida uma das práticas mais conhecidas da igreja católica.

A palavra "exorcismo" vem do grego "exousia", que significa "rejeitar".
É o ato pelo qual se expele o demônio da pessoa ou lugares através de fórmulas, água benta, sal, esconjuros, crucifixos etc...

Com o passar do tempo o exorcismo foi se institucionalizando a ponto de ser criado um conjunto de regras para praticá-lo. O Rituale romanum reuniu diversos ritos de exorcismos para situações variadas. (3)

Há até clérigos especializados neste ritual como é o caso do padre Gabrielle Amorth que diz ter praticado 50.000 exorcismos.

Apesar da igreja atualmente enxergar com reservas esta prática, recorrendo às ciências humanas como a psiquiatria para explicar o fenômeno, o papa João Paulo II alega ter exorcizado uma jovem garota em 1982.

O OUTRO LADO DA MESMA MOEDA

Apesar desta tradição ainda fazer parte da doutrina católica atual, hoje porém, um número cada vez mais crescente de padres estão se envolvendo com a chamada parapsicologia, buscando explicações psicológicas ou parapsicológicas para as manifestações demoníacas. Um desses nomes é o Jesuíta padre Oscar G. Quevedo que já escreveu dezenas de livros sobre o assunto e é fundador do Centro Latino-Americano de Parapsicologia.

Em um de seus livros "Antes que os Demônios Voltem", ele não só entra em choque com as declarações do Ritual Romano da sua igreja, mas vai além, dizendo que as próprias possessões encontradas na Bíblia não passavam de fenômenos parapsicológicos. Em outro livro comentando o caso do possesso de Gadara (Marcos 5.1-17) ele chega às raias do absurdo ao declarar que "torna-se difícil dar ao caso uma explicação demoniológica, ao passo que, numa explicação parapsicológica, o fato se torna bem claro".

A verdade é que tais declarações são perigosas. Elas não só sugerem que as narrativas bíblicas são falsas, como de quebra coloca em dúvida o próprio caráter de Cristo, pois se Jesus sabia (pressupondo sua onisciência) que aquilo não passava de uma histeria psicológica, fruto da mente doentia daquele homem, ele enganou o povo e seus próprios discípulos ao doar o mesmo poder para fazer algo que não funcionava (Marcos 16.17). Assim Jesus fica na mesma categoria dos charlatões e fraudulentos de hoje em dia. Por outro lado se Jesus desconhecia o fenômeno e o ensinou como possessão demoníaca ele não só foi vítima de sua própria ignorância como levou muitos ao erro. Desta maneira a Bíblia não é mais digna de crédito, pois ensina fábulas em lugar de verdade. Coisas que na verdade não funcionam, pois não há demônio algum para se expulsar!

O EXORCISMO FUNCIONA?


Quando lidamos com as forças do mal temos de ter em mente o seguinte pressuposto: o diabo é o pai da mentira! (Jo. 8.44)

Sendo assim, ele pode enganar sutilmente aqueles que não possuem discernimento bíblico para lidar com a questão.

Jesus deixou claro que o único veículo utilizado para expulsar demônios era o seu nome (Marcos 16.17). Ritos para expulsar demônios se tornam ineficazes quando não há verdadeira conversão (Atos 19.13-17). Nenhuma recomendação há em todo o NT sobre preces, sortilégios e conjurações; apenas somos incentivados a fiarmos em seu poder usando seu nome (Lucas 10.17).

Embora muitos alegam ter expelido o demônio através de tais práticas é bom lembrar que isto não é garantia de que a pessoa é de fato de Deus (Mateus 7.22-23).

EXPULSÃO DE DEMONIOS NÃO É SHOW


Não devemos dar lugar ao diabo (Ef. 4.27). Nem mesmo na hora de combatê-lo. Devemos ter em mente que estamos lidando com seres inteligentes que maquinam o mal (Ef. 6.11).

É digno de nota também que não devemos fazer da expulsão alarido, chamando a atenção para a pessoa possuída. O espírito mal deseja justamente isso, humilhar o ser humano.

Por isso não é correto conversar com demônios, ou fazer com que as pessoas se arrastem de um lado para o outro demonstrando autoridade sob o espírito maligno. Isto na verdade está servindo aos propósitos dele, pois ao invés de estes atos demonstrarem autoridade sob o demônio eles acabam causando dores e escoriações no corpo do possesso.

Devemos tomar cuidado para ao invés de combate-lo não acabar cooperando com ele.


CONCLUSÃO


Sabemos que o diabo e seus anjos existem e as possessões são reais. Não exatamente como aparecem no filme, mas acontecem. No entanto, há aqueles que vêem demônios em tudo e por outro lado existem aqueles que negam qualquer ação demoníaca sobre os homens. Devemos então traçar uma linha de equilíbrio sobre a questão, o extremismo é prejudicial para ambos os lados.
Também devemos reconhecer que muitos casos aceitos como possessão não passam de distúrbios mentais, doenças psíquicas, por isso precisamos ter discernimento espiritual para agirmos de modo correto, distinguindo um do outro.

Vamos fazer uso das armas que Deus nos deu para combatermos as potestades do mal e resisti-las no dia mal. Uma dessas armas é o nome de Jesus. Somente uma pessoa verdadeiramente convertida poderá obter sucesso nessa luta, pois fiel é quem prometeu: em meu nome expulsaram demônios! (Marcos 16.17)

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